Os minhotos até começaram melhor e estiveram em vantagem, mas um caldeirão revoltado devido a uma grande penalidade assinalada contra os maritimistas, que levou à expulsão de Lazaroni, empurrou a equipa para um triunfo decisivo. Foi a paixão e a raça que o técnico verde-rubro tinha pedido antes do começo da partida. Machado viu, uma vez mais, o seu conjunto afundar-se.
Uma derrota podia ditar o adeus à Europa e, assim, as duas equipas arriscaram pouco: a partida tornou-se muito táctica e monótona. Manuel Machado surpreendeu ao colocar Stélvio a defesa-direito e apostou em Frechaut para trinco. O Marítimo, sem Fábio Felício, ficou um pouco refém no lado esquerdo e não soube aproveitar esse flanco. Sempre que o fez, por Evaldo, causou algum perigo.
Os minhotos a pouco e pouco foram assumindo a liderança do jogo, fruto de uma pressão alta e um meio campo muito coeso em termos defensivos. Depois, César Peixoto e Wender começaram a causar calafrios.
Aos 12 minutos, um passe do primeiro isolou o segundo, mas Wender, com Marcos a sair dos postes, rematou rasteiro, para defesa do guarda-redes brasileiro. Mantendo o perigo em termos de contra-ataque, Jailson isolou Peixoto mas este rematou por alto. Os verde-rubros não encontravam o caminho para a baliza adversária e ao minuto 33 foi novamente César Peixoto que, em boa posição após cruzamento de Wender, não conseguiu o desvio. Miguelito pouco tempo depois cruzou bem e Wender rematou de cabeça para defesa de Marcos.
Penalty polémico
Os locais só de bola parada causavam algum perigo, como foi o caso de um livre de Bruno, aos 41 minutos, em que ninguém surgiu a desviar ao segundo poste. Já em tempo de descontos, um agarrar entre Gregory e Wender deu em grande penalidade assinalada por Pedro Proença. Muitas dúvidas. E desta feita César Peixoto não perdoou. Por linhas tortas se escreveu direito, pois o Sp. Braga até merecia estar a vencer.
A segunda parte começou como acabou a primeira. Quente. Lazaroni veio mais cedo do balneário mas não pôde ficar no banco. Recebeu ordem de expulsão por palavras que terá dito antes de se dirigir para o balneário ao intervalo. Os madeirenses, galvanizados pelo público, entraram com todo o gás e raça. E assim, aos 48 minutos, após um ressalto de bola em Gregory, Marcinho fez a igualdade com um bom remate. Explosão de alegria nos Barreiros.
Os verde-rubros não abrandaram. Fortemente apoiados, arriscaram e subiram no relvado. Cinco minutos depois de terem empatado, novo golo. Desta feita, a assistência foi de Ricardo Esteves que, na direita, cruzou com conta peso e medida para a cabeça de João Luiz, que fez o primeiro golo da temporada. Os minhotos abanaram e muito.
Machado arrisca e Mossoró resolve
A perder, Manuel Machado lança Linz (o melhor marcador da equipa) no jogo, retirando o inadaptado Stélvio. Mas este facto não alterou a estratégia dos maritimistas que continuavam a mandar na partida. Dessa forma, ao minuto 66, Mossoró correu por uma avenida e de longe encheu o pé: a bola só parou nas redes de Kieszek. Loucura no caldeirão. Mas o melhor veio pouco tempo de depois. O endiabrado Mossoró roubou uma bola e isolou-se. Não perdoou e fez o 4-1 em dois minutos. Ponto final de uma história que mudou por completo no descanso.
Até ao final, o público verde-rubro entoou o bailinho da Madeira. Lazaroni pediu paixão e apoio no lançamento do jogo. Os adeptos disseram presente, e de que maneira. Já o Braga, de Manuel Machado, apagou-se por completo. Foi uma noite negra para uma equipa que até prometeu nos primeiros 45 minutos.
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