Ferguson: «Sei de um presidente que dá o onze titular por fax»

Alex Ferguson falou esta sexta-feira em conferência de imprensa e garantiu que mais do que nunca acredita que o Manchester United vai chegar ao título. Pelo meio teve porém uma revelação curiosa. Quando se falava da provável saída de Eriksson do Manchester City, Ferguson atirou: «Já nada me admira no futebol, mas fiquei surpreendido».

A crítica do treinador dirigiu-se então aos donos dos clubes. «Actualmente aparecem no futebol todo o tipo de patrões e existem alguns que querem mandar em tudo», disse. «Sei de um presidente que todos os sábados de manhã envia o onze titular ao treinador por fax. Vocês conseguem acreditar nisto? E o treinador tem que colocar esse onze».

O próprio Alex Ferguson está num clube, o Manchester United, que é propriedade de um patrão. Na circunstância a família Glazer, do americano Malcolm Glazer. Apesar disso, o treinador escocês garante que não tem nada a apontar ao patriarca ou aos filhos. «Eles têm sido fantásticos, deixam-me fazer o meu trabalho e acho que isso diz tudo».

«É importante continuar no banco do condutor»

Voltando atrás, à luta pelo título, Ferguson lembra que o Manchester ainda continua na frente. «Temos de continuar sentados no banco do condutor. Se vencermos os dois jogos, somos campeões porque temos a melhor diferença de golos», referiu. «Se no sábado vencermos o West Ham daremos um passo enorme para ganharmos a Liga».

Ora por falar em West Ham, recordou-se as palavras do treinador Alan Curbishley que referiu ser uma grande injustiça se o Manchester não fosse campeão. O que chateou Avram Grant. «Não sei por que está a sugerir que vai acontecer alguma coisa estranha», respondeu Ferguson. «O Chelsea devia saber melhor do que ninguém o que se passa».