Guimarães 0-0 Basileia

O Vitória de Guimarães empatou a zero, esta quarta-feira, na recepção ao Basileia, em jogo da primeira-mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

A equipa vimaranense reclamou duas grandes penalidades na etapa inicial, mas o árbitro da partida nada assinalou.

O nulo verificado no Estádio D. Afonso Henriques deixa tudo em aberto para a segunda-mão, marcada para 27 de Agosto no St. Jakob Park de Basileia.

Destaques:

Desmarets
Cliente regular deste espaço, o francês tornou-se uma referência incontornável no ataque do Vitória de Guimarães, sobretudo após o êxodo de grande parte das unidades ofensivas do plantel, neste defeso. Sem Alan, Ghilas e Mrdakovic, Manuel Cajuda reinventou os processos atacantes e grande parte dos desequilíbrios nascem nos pés de Desmarets, especialmente aquela canhota, que funciona com uma precisão assinalável. Maturidade ao nível de Liga dos Campeões.

Luciano Amaral e Andrezinho
Sobreviventes de um sector defensivo remodelado (saiu Geromel, Sereno está lesionado), os dois laterais foram os principais carriladores de jogo pelos flancos, uma vez que os extremos encontravam, invariavelmente, os caminhos tapados. Andrezinho esteve ao seu nível pela direita, enquanto Luciano Amaral justificou a titularidade no flanco contrário, formando uma dupla labutadora com Desmarets. A propensão ofensiva, como seria de esperar, causou alguns sustos na retaguarda. Risco necessário.

Flávio Meireles
O Basileia foi sincero na abordagem ao jogo. Cerrou linhas, cerrou dentes e fartou-se de jogar nos limites da falta. Rigidez quanto baste, minando a criatividade da equipa portuguesa. A meio-campo, na zona nevrálgica do jogo, essa evidência acentou-se consideravelmente. João Alves foi o principal prejudicado, sem argumentos físicos para entrar nesta luta. Flávio Meireles, por outro lado, sentiu-se como peixe na água, impondo o seu físico numa batalha nem sempre igual, mas equilibrada pela disponibilidade do capitão vitoriano.

Marquinho
No seu jeito nem sempre ortodoxo, foi uma das melhores unidades do Vitória na etapa inicial. Saiu ao intervalo.

Carlitos
O Basileia, como se disse, é essencialmente uma equipa pragmática, ciente das suas limitações e capaz de fechar-se hermeticamente em busca de um objectivo. Em contra-ataque, procurou atingir a meta traçada pelo seu treinador: marcar um golo em Guimarães. Nesse capítulo, destacou-se Carlitos, pelo acréscimo de qualidade técnica para a esquematização ofensiva dos suíços. Sozinho, lançou um par de ameaças a Nilson. Continua em bom plano, longe de casa. Bem secundado pelo possante Derdiyok e pelo irrequieto Stocker. Dois focos de perigo para anular na segunda mão.